Antes de fugirem , proprietários mandaram seguranças eliminar imagens de video vigilância. A policia prendeu ontem os dois sócios da discoteca Kiss, em Santa Maria , Rio Grande do Sul (Brasil), onde na madrugada de domingo um incêndio matou 234 pessoas, e dois dos membros da banda Gurizada Fandangueira, que soltaram os fogos-de-artifício que causaram a tragédia. Os donos são suspeitos de adulterar provas. Elissandro Sphor, um dos sócios da casa noturna, foi preso numa outra cidade, Cruz Alta, para onde tinha fugido com medo de represálias. O outro sócio, Mauro Hoffmann, andou a monte mas acabou por entregar-se. Foram presos ainda o vocalista da banda, Marcelo dos Santos, e o responsável pela montagem do palco, Luciano Bonila. Testemunhas contaram que logo após o início do incêndio os donos da discoteca, antes de deixarem o local, deram ordens aos seguranças para apagarem as imagens da video vigilância e os registos da caixa, presumivelmente para não se saber quantas pessoas estavam na discoteca, superlotada. O computador que regista as imagens desapareceu, bem como outras potenciais provas. Sobreviventes contaram á policia que o fogo começou depois de o vocalista disparar uma tocha em direcção ao tecto, que se incendiou e que toda a discoteca foi tomada por uma densa camada de fumo negro em menos três minutos. A fuga da multidão foi inicialmente travada pelos seguranças, que queriam obrigar os clientes a voltarem para trás e pagar a conta.
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