domingo, 17 de fevereiro de 2013

Bento XVI disse basta.

Há 598 anos que nenhum PAPA resignava Joseph ratzinger vai-se embora a bem da Igreja. A religião não podia ter entrado mais cedo na vida de Joseph Alois Ratzinger, baptizado na manhã seguinte ao dia em que nasceu, num sábado santo e também dia de São Bento José Lbre, na Baviera. Fui o primeiro a ser baptizado na Água Nova daquela Páscoa e esse facto sempre me pareceu muito providencial, viria a escrever nas memórias o papa eleito a 19 de Abril de 2005, naquele que foi um dos conclaves mais rápidos da história. Para a mesma hitória ficará também como o oitavo papa não concluir o pontificado, uma renúcia inédita em 598 anos. Ratzinger é um pastor derrotado e coerente que farto de lutar, retira-se para a clausura antes de ser devorado pelos abutres, ávidos de riqueza, poder e imunidade, escreveu no EL País Miguel Mora, antigo correspondente em Roma. É um prisioneiro da cúria, vive numa espécie de Avinhão, distante dos episcopados nacionais, sem apoio além do da sua pequena camarilha, corrobora-o a opinião de Zizola, autor do livro Santidade e poder. Do concílio a Bento XVI. O Vaticano visto por dentro, expressa em 2009. Ratziger é o 8º papa Alemão. Considerado o braço -direito de João Paulo  II, era o favorito quando foi eleito devido ás suas posições conservadoras á sua influencia e trajetória na Igreja e ao seu conhecimento imenso do meio eclesiástico. Como ele chegou a dizer. O inimigo não está fora, está dentro. É um génio, um professor, fala com uma calma e uma profundidade invulgares. Estava á espera que resignasse dadad a sua saúde débil e idade avançada, mas não pensei que fosse tão cedo, comenta D.Amândio Tomás, bispo de Vila Real, que nos seus 27 anos em Roma privou com Ratzinger. Foram oito anos férteis de papado, porque sendo ele um intelectual colocou no interior da fé a razão. No dialogo ecuménico foi o papa da unidade com a Palestina, como o Islão, com os ortodoxos, mas a reforma da Igreja que entabulou deitou-o abaixo.

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