Garantir uma poupança de, pelo menos, 150 euros mensais e melhor nutrição leva os portugueses a mudar hábitos. Ana Rita Gomes, 30 anos, leva o almoço para o emprego desde que a crise se agudizou, há cerca de três anos. Biólga de formação, faz planeamento de obras numa empresa de construção civil, com espaço de refeitório e cozinheira própria, mas, mesmo assim, fica mais barato levar de casa ,além de poder escolher a quantidade e os ingredientes que quero. Apesar de não ter feito os cálculos á risca , a opção foi tomada pelas vantagens financeiras. Cozinho mais ao jantar a contar com o almoço do dia seguinte e só o facto de aproveitar já compensa. A viver na Costa da Caparica, a também revendedora da Tupperware em part-time usa as famosas caixas térmicas, com vários compartimentos, para o transporte até Lisboa, onde trabalha. Deixo pronto de véspera, dentro da caixa e no frigorífico, e depois é só colocar na bolsa. As compras são feitas mensalmente e a ementa para a semana preparada ao domingo. O companheiro, Nuno Neves, empregado numa ETAR, opta pelas saladas e sandes. A bióloga prefere massas com atum, delícias do mar ou frango. É o que fica melhor. Segundo um estudo de mercado da Kantar Wordpanel, em 2012, cerca de 40 por centro das famílias portuguesas levaram comida para o trabalho contra os 29 por centro de 2009, o que traduz uma significativa mudança dos hábitos de consumo fora de casa. A poupança dizem os especialistas, chega aos 150 euros por mês ou 1800 num ano, por cada pessoa do agregado famíliar. Já a saúde agradece, porque confeccionar a refeição significa, geralmente, optar por uma alimentação mais equilibrada. Foi a procura de uma mudança melhor em termos nutricionais que levou Alexandra Vieira, professora na Escola Secundária de Caldas das Taipas, em Guimarães, a aderir á moda da marmita.
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